Face à crescente intervenção do farmacêutico e da sua importância na promoção da saúde e bem-estar da comunidade, o espaço da farmácia, físico ou digital, deve refletir esse posicionamento através dos produtos e serviços disponibilizados sendo, desta forma, fundamental para cada farmácia comunitária, de acordo com a comunidade envolvente, identificar quais as categorias de produtos que têm maior potencial de vendas e desenvolver estratégias para posicionar esses produtos no mercado.

A segmentação e identificação de categorias estratégicas para definição de posicionamento atuam como fatores-chave que promovem o destaque da farmácia, num mercado cada vez mais competitivo. Ao identificar as categorias de produtos que são mais procuradas pelas pessoas, a farmácia pode direcionar a sua oferta e disponibilizar um amplo conjunto de opções nesses segmentos, oferecendo às pessoas uma experiência positiva no acesso à farmácia.

O posicionamento da farmácia comunitária como um local de confiança para a aquisição de produtos de saúde, é crucial e pode ser alcançado através de uma seleção de produtos e serviços adequados às necessidades efetivas das pessoas, bem como através de campanhas de comunicação eficazes, que sensibilizem as pessoas para os valores da farmácia.

Para que se verifique uma boa gestão dos produtos disponibilizados no contexto de uma farmácia comunitária, torna-se imperativo ter em consideração um conjunto de aspetos, nomeadamente:

1) a margem associada a cada categoria e a respetiva quota de mercado;
2) o espaço disponível na farmácia;
3) o stock de produtos e rotatividade;
4) as necessidades específicas das populações locais;
5) o número de categorias face às necessidades que cada uma delas satisfaz, ou problema de saúde que soluciona;
6) o número de referências dentro de cada categoria e/ou subcategoria; e
7) a homogeneidade e complementaridade que se deve verificar entre as diferentes categorias e subcategorias, de acordo com as necessidades que satisfazem.